7 de janeiro de 2010
Vou dar apenas uma "Cochilada"...
Outro dia me recordei desta. Mais uma do meu amigo Pauta, protagonista de várias histórias engraçadas.Tudo começava, como era normal nas histórias que já narrei, nos famosos churrascos regados a Schincariol e carne de terceira. As vezes acho que deveria contactar alguém da Schincariol para patrocinar o meu blog! Afinal de contas, faço tanta propaganda da cerveja e não ganho nenhum centavo por isso!! Por favor, se alguém ai conhecer o diretor de marketing da Schin, por favor peçam para ele ler meu blog, que eu agradeço...
Voltando ao assunto... Em Ilha Solteira, haviam alguns blocos de casas (popularmente conhecidos como "passeios") que eram feitos de madeira. Isso foi herança do que sobrou da época em que a CESP (Companhia Energética do Estado de São Paulo) construiu a cidade e a usina hidrelétrica que dá nome a mesma. Estas casas de madeira eram utilizadas pelos peões que se alojavam lá durante a construção da barragem no começo da década de 70 e depois foram passadas para aqueles que continuaram na cidade após o fim das obras. Parte destas casas também foi doada a UNESP para que fossem feitas repúblicas estudantis. Não me lembro exatamente o ano, se foi em 1996 ou 1997, a prefeitura da cidade resolveu destruir as casas de madeira por questões sanitárias e limpar o terreno onde se encontravam, para futuras obras. Alguns dos terrenos desabrigados acabaram hoje, dando lugar a laboratórios da própria universidade. O fato é que estes terrenos baldios onde se localizavam as casas foi limpo, coberto com pedra "brita" e assim ficou por alguns anos. Como estes eventos aconteceram poucos anos após a guerra da Bosnia, o local ficou conhecido como passeio "Bosnia & Saraievo". Bem coisa da criatividade de estudante universitário...
Enfim, era mais um dia de semana e resolvemos fazer um churrasquinho na república do Motorista e do Simonetti. O motivo eu não lembro bem, mas sei que o negócio começou no fim da tarde, após a última aula e logo, logo se transformou em um mega evento com a maior galera participando do churrasco. Afinal de contas, mesmo sendo carne de terceira, o que fazia a gente comprar em quantidade era uma parte da contribuição de 5 R$ (isso mesmo, cinco reais) que cada um dava para comprar a cerveja Schin e a carne. Me recordo que algum brilhante aquele dia, provavelmente um dos donos da casa que estava tomando conta do planejamento financeiro do evento, resolveu roubar uns limões na árvore da casa do vizinho, comprar umas garrafas de pinga e fazer caipirinha pra variar um pouco. Apesar da cerveja Schincariol ser "muito boa" nada melhor que uma caipirinha de limões roubados para variar um pouco no menu de bebidas...
Naquele dia meu amigo Pauta entornou o caneco com vontade, sem lembrar que no dia seguinte, teriamos aula normal. Nem me lembro bem que horas eram, mas o menino tomou todas e resolveu pegar sua bicicleta para ir para casa dormir. Como disse, teriamos aula no dia seguinte... Me recordo que entre o local da festa e a república que ele morava, o caminho mais curto seria cruzando o passeio "Bosnia & Saraievo". O problema é que bebado pilotando bicicleta e algo que não recomendo (crianças por favor, não façam isto em casa! Deixem isso para profissionais como meu amigo aqui citado). Ao chegar no local acima citado, que se vocês se recordam estava com o solo completamente coberto por pedra "brita", meu amigo com suas habilidades de piloto prejudicadas pelo alcóol, tropeça de sua bicicleta, cai no chão e esfola suas costas naqueles pedriscos. O estado do rapaz era tão alterado que ele olhou pra cima, viu a lua e as estrelas e disse:
"Vou dar uma cochiladinha, depois continuo o caminho pra casa"Acreditem ou não, quando ele acordou e olhou para cima, o sol já estava dando na sua testa, os pedestres passavam longe e ele sem saber o que estava acontecendo se levanta, faz o check na sua integridade física (pois já dizia o ditado: "de bêbado não tem dono") verifica que tudo está ok, pega sua bicicleta (que por milagre não haviam roubado) e segue o rumo. Porém, quando ele olhou no seu relógio, já eram mais de oito da manhã e teoricamente ele deveria estar na sala de aula.
Sem pensar duas vezes e ainda tentando lembrar o que aconteceu na noite anterior, ele rumou direto para a faculdade sem ao menos passar em casa pra trocar de roupa e fazer uma faxina na boca. Me lembro que quando ele entrou na sala, todos pensaram que ele havia sido roubado e agredido, mas após suas explicações, me lembro que foi mais uma aula perdida, pois ninguém conseguiu assistir a tal aula de tanto dar risadas...
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