28 de dezembro de 2009

Feliz 2010!

Gostaria de desejar a todos os amigos um feliz 2010 cheio de alegrias e felicidades! Que consigamos realizar nossos desejos e vontades, e melhorar a cada dia mais!
Abraço a todos.

25 de dezembro de 2009

O Relatório de Física 1

Estou de férias no Brasil e terça feira saí com uns amigos para revê-los e também celebrar entre nós os dez anos de alforria de Ilha Solteira. Entre as conversas, alguém lembrou deste episódio e decidi contar aqui...
Laboratório de Fisica 1 era o primeiro curso de laboratório na faculdade, e nos ensinava entre outras coisas, como preparar um experimento, coletar os dados do mesmo e também fazer um relatório técnico descritivo deste experimento. Para quem cursou ciências exatas, sabe que o primeiro laboratório a gente nunca esquece. Ainda mais quando o professor da disciplina era o Dante...
O Dante era um cara cômico. Tinha uma voz que parecia o Chorão, da Quadrilha da Morte, o personagem do desenho da Penélope Charmosa. Fora a voz, tinha um senso de humor que só ele entendia, pois suas piadas eram no mínimo horríveis. Daquelas que nem americano, que ri de qualquer idiotice, daria risadas. Pois bem, este era o nosso ilustre professor de laboratório de física 1.
A aula tinha uma duração de duas horas e neste período, tinhamos que montar o experimento do dia, rever a teoria, fazer o experimento, coletar os dados para fazer o relatório e entregar o mesmo na próxima aula. Basicamente a nota da disciplina era dada pela média das notas dos relatórios, já que as provas possuiam um peso bem menor do que o dos relatórios.Ou seja, os relatórios deveriam ser feitos e muito bem feitos, pois senão a reprovação na disciplina seria certa e na época, pelo fluxograma do curso de engenharia mecânica, reprovar nesta disciplina implicava já de cara, se formar em seis anos ao invés de cinco.
Após esta pequena introdução, vamos a história que de fato quero contar. Me recordo que um dia chegamos a aula e o professor começou a recolher os relatórios referentes ao experimento da aula passada. Logo em seguida, ele começou a explicar a teoria do experimento e dar um rápido "briefing" do que teriamos que fazer naquele dia. Me recordo que enquanto estavamos realizando o experimento, ele começou a corrigir os relatórios que haviamos entregue e em alguns minutos ele solta a seguinte pergunta a minha colega de turma:
 "Carla, quantos relatórios você entregou?"
A pergunta soou estranha para todos nós, porque a princípio não fazia sentido algum, porém quando a nossa amiga respondeu que havia entregue apenas um relatório, a fisionomia do sujeito se transformou. A ira tomou conta do professor! Ele simplesmente bravejou:
"Parem tudo! Quem aqui não entregou o relatório da aula passada?"
Ninguém levantou a mão, o que indicava que todos na sala haviam entregue um relatório. Nesta hora o homem ficou possesso. Começou a devolver os relatórios um por um, até que sobrassem apenas os dois relatórios da nossa colega Carla. Após isto, ele viu que o único que havia ficado sem relatório, era o Rato.
A turma inteira começou a cair na gargalhada e o professor simplesmente solta: "Pô, nem copiar relatório você sabe? Ou melhor, é um excelente copiador, porque até o nome da colega colocou no seu relatório!".

22 de dezembro de 2009

A triste história de Dentinho... um garotinho bêbado!

20 de dezembro de 2009

Camisa do Boca Juniores

Esta é mais uma daquelas que a gente no mínimo dá umas boas risadas. Quando acho que já vi de tudo na vida, sempre pinta mais alguma que a gente se surpreende.
Me recordo que a minha atual empresa, no Canadá, quando foi fazer o seu processo de recrutamento no ano de 2008 montou um escritório em Buenos Aires na Argentina, para fazer as entrevistas com os candidatos da América do Sul. Um dos motivos que levou a escolha da Argentina e não outro país, como o Brasil, é o simples fato que a sua concorrente tem sede no Brasil, tem um poder político muito forte e poderia atrapalhar o processo de seleção, já que a grande maioria dos candidatos eram seus funcionários.
Na industria qual trabalho, mão de obra qualificada é escassa e o mercado é muito restrito. Então por mais que tentem disfarçar, ninguém consegue esconder quando um concorrente efetua um processo seletivo em busca de recurso qualificado ao redor do mundo e para alguns Brasileiros, o “sonho americano” de morar fora do Brasil pode ser realizado quando se consegue ser aprovado e selecionado em um destes processos seletivos.
Com o Figueiredo não era diferente. Descontente como muitos estavam na antiga empresa, esse processo seletivo seria a oportunidade de melhorar profissionalmente e morar no exterior conseguindo assim a sua experiência internacional no curriculum. O problema é que a discrição era a “alma do negócio”, já que as vagas eram poucas, a concorrência era muita e pra terminar, a chefia da atual empresa não poderia nem sonhar que ele e outros estavam participando do processo seletivo da concorrência, pois isso iria gerar um mal estar enorme e talvez até uma demissão, caso ele não fosse selecionado no processo.
Pois bem, os pré-selecionados para participar da seleção foram comunicados por email e receberam passagens de avião para irem do Brasil até a Argentina, cada um em um dia diferente. Ele e seus colegas tentaram ao máximo manterem o clima de sigilo nos dias que antecederam as entrevistas, sem comentar com ninguém evitando assim o “mal estar”, mas o Figueiredo era o cara das bolas fora. No dia que iria ocorrer a sua entrevista, ele, assim como os outros, inventaram alguma desculpa do tipo: “Amanhã tenho consulta no médico ou irei ao enterro do cachorro bilingue do vizinho que morreu de gripe suína”. Totalmente compreensivel, afinal de contas, quem é que pede para o chefe o dia de folga informando que vai fazer entrevista de emprego em outra empresa? Acho que nem se o chefe for o próprio pai!
O problema é que no dia que antecedeu a sua entrevista, o Figueiredo saiu mais cedo do trabalho e quando estava para sair do escritório, olhou para trás e falou em alto claro e bom tom, olhando para alguns colegas que também iriam fazer a entrevista nos dias subsequentes: “Desejem-me sorte!”. Os que iriam fazer entrevista, mais que rapidamente tentaram se esconder embaixo da mesa, ou deram uma de louco fazendo de conta que não estavam entendendo absolutamente nada do porque o sujeito estava pedindo votos de boa sorte. Aqueles que não sabiam do que estava acontecendo nos bastidores, ficaram pensando: “Porque o cara está pedindo boa sorte, se amanhã ele vai no enterro do cachorro bilingue do vizinho que morreu de gripe suína?”.
Bem, passado alguns instantes o Figueiredo foi embora e o assunto acabou esfriando. Porém minutos depois, o Bocão e o Goiano, que iriam fazer entrevista na Argentina alguns dias depois, se encontram no cafezinho e comentam: “É... para fechar com chave de ouro, só falta o Figueiredo chegar com a camisa do Boca Juniores no escritório depois de amanhã!”. Um olha pro outro e como se estivessem pensando sincronizados soltam: “Não... nem o Figueiredo é capaz de tamanha proeza!”.
Chega o dia em que o Figueiredo deveria retornar ao trabalho e adivinhem com que camisa nosso amigo vem trabalhar?


Detalhe... a esta altura do campeonato, toda a alta chefia da antiga empresa já sabia dos rumores que a concorrente estava recrutando pessoas através de um escritório em Buenos Aires...
Das duas uma: Ou o Bocão e o Goiano podem abrir a barraquinha de videntes, ou o nosso amigo Figueiredo não tem noção da realidade. Conhencendo ele bem como conheço hoje, fico com a segunda opção.

18 de dezembro de 2009

Parabéns pelos 10 anos!!

Queria deixar aqui os parabéns a todos meus colegas de turma que há exatos dez anos atrás, colavam grau na faculdade de engenharia de Ilha Solteira, da UNESP.
Hoje, vejo como a carreira de todos se encaminhou e confesso que as vezes fico surpreso. Muitas coisas aconteceram de maneira que jamais imaginariamos.
Esta semana estive com nosso amigo Rodolfo para um jantar em sua casa aqui em Montreal. Quem imaginou há dez anos atrás que um dia estariamos nós aqui nesta cidade.
Vejo muitos hoje que são professores universitários, empresários... e há aqueles também que infelizmente a distância nos separou e não temos mais notícias.
De qualquer forma gostaria de parabenizar a todos e continuar desejando sucesso pessoal e profissional, pois se formar em um curso de engenharia realmente não é fácil. Só quem sentou nos bancos de uma escola de engenharia sabe como é o curso e principalmente nós, que estudamos lá na FEIS.
Abraço a todos da turma de 1999.


Richard Branson, a fortuna que começou com um disco de rock (*)

Bem, hoje estou colocando um post que pra mim é de um cara visionário e muito bem sucedido! Sou fã dele, pela maneira com que ele dirige os seus negócios. Vejam aí...

Richard Branson, o dono da Virgin, acaba de lançar uma equipe na Fórmula 1, que terá no ano que vem o piloto brasileiro Lucas di Grassi e o alemão Timo Glock. Esse megaempreendedor inglês se consagrou com uma gravadora e uma rede de lojas, tem hoje uma companhia aérea, investe até em viagens espaciais e está entre os 300 homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes. Tudo decolou com um disco de rock.

Aos 16 anos, em 1966, Branson lançou sua própria revista, chamada Student. Em 1970, abriu um pequeno negócio de vendas de discos. Foi aí que tudo começou. Branson conheceu o músico e compositor Mike Oldfield e o ajudou a gravar em seu estúdio o álbum "Tubular Bells". Até então, ele nem imaginava montar uma gravadora. Mas devido ao fracasso de Mike Oldfield ao tentar mostrar o disco para uma série de gravadoras e todas recusarem, Branson decidiu montar seu próprio selo, a Virgin Records e lançar "Tubular Bells" em 1973. O lado visionário de Richard Branson estava desperto.

Ele acreditou e apostou na obra-prima de Mike Oldfield e o disco acabou vendendo quase 20 milhões de cópias. A grana foi mais do que suficiente para que Richard Branson investisse numa rede de lojas de discos, a Virgin Megastores. "Tubular Bells" foi reeditado em 2009 em edições luxuosas, mais de 35 anos depois de seu sucesso - muitos lembram como a música de abertura do filme "O Exorcista", de 1973. Considerado uma obra-prima do rock progressivo, "Tubular Bells" também serviu como inspiração máxima para a geração New Age. Vieram então outros discos do gênero krautrock e bandas como Tangerine Dream e Faust e Gong.

No final dos anos 70, quando começava a explosão do punk rock no Reino Unido, Branson teve mais uma sacada. Depois de ver os Sex Pistols serem recusados e banidos por gravadoras como A&M e a iEMI, Branson sacou que todo aquele escândalo poderia render muita grana e os contratou. Quanto mais encrenca eles arrumavam, mais discos do Sex Pistols a Virgin vendia. "Never Mind The Bullocks" é um dos discos mais importantes da história do rock e foi graças a Virgin Records que ele foi lançado mundialmente.

Durante a chamada new wave, a Virgin lançou e apostou numa série de novas bandas. Uma das mais bem sucedidas foi o Culture Club, que apostava na imagem andrógina de Boy George. O selo ainda revelou nomes como The Human League, XTC e Simple Minds. Em 1991, Richard Branson vendeu o catálogo da Virgin para a gravadora EMI. Com mais essa grana, começou a Virgin Atlantic Airways - uma companhia aérea.

Cinco anos depois, Richard Branson fundou a gravadora V2 Records. E, mais uma vez, revelou grandes nomes, como Moby e White Stripes. Em 2006, ele vendeu a V2 Records por 15 milhões de dólares. Com o crescimento dos downloads de músicas, Branson passou a não mais acreditar na indústria do disco e está fechando sua rede Virgin Megastores. Seu próximo passo será investir em viagens espaciais.

Com mais de 400 empresas e 70 mil empregados, Richard Branson declarou recentemente numa entrevista: "Nos negócios, o que importa é conseguir criar algo especial". E pensar que tudo isso começou com uma lojinha de discos e uma gravadora bem sucedida.

Em 1999, ele lançou o livro Losing My Virginity: How I've Survived, Had Fun, and Made a Fortune Doing Business My Way, em que ele conta sua história de uma maneira bem humorada, como o próprio título sugere.

Conheça os discos recomendados do selo Virgin Records:

Mike Oldfield - Tubular Bells (1973)
Tangerine Dream - Phaedra (1974)
Faust IV (1973)
Gong - Shamal (1975)
Gong - Gazeuse! (1976)
Sex Pistols - Never Mind The Bullocks (1977)

(*) Origem da Matéria: http://br.noticias.yahoo.com/s/16122009/48/entretenimento-richard-branson-fortuna-comecou-disco.html

17 de dezembro de 2009

Funcionário de Brasília ganha 247% a mais que o da iniciativa privada

As vezes me pergunto: Quem está errado? São eles ou sou eu? Depois de anos de trabalho, as vezes penso que errado sou eu! Talvez se tivesse escutado a minha amada Tia, que disse que eu deveria ter ficado em Brasilia, ter estudado direito ou qualquer outra coisa, apenas para prestar um concurso público, não estaria tendo que me preocupar se algum maluco vai sequestrar outro avião para enfiar em alguma torre nos EUA, ou se o preço do petróleo vai ultrapassar a casa dos 100 US$ o barril e vamos começar a andar em camêlos ao invés de voar de avião. Não que não goste da minha profissão, não isso. Mas quando vejo meus parentes que são funcionários públicos, eu percebo que a vida poderia ser mais tranquila, sem algumas preocupações a mais. Entre elas aquela de saber se estarei empregado amanhã ou não, ou se vou ter dinheiro para viver descentemente quando me aposentar após anos de trabalho.
O artigo abaixo é do blog do Fernando Rodrigues. Cada um tem a sua opinião e eu respeito. Mas de certa forma, concordo com muito das coisas que ele escreveu.

http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2009-12-13_2009-12-19.html#2009_12-17_09_23_55-9961110-0

16 de dezembro de 2009

Festinha de criança no Canadá

Esta é mais uma coisa curiosa que aprendi aqui no Canadá. É interessante ver como a cultura realmente muda de um país para outro.


Ontem estava voltando para casa de carona com uns amigos e escutei uma história relatada por um deles, o Mr. Da Silva, como é conhecido pelos gringos aqui no trabalho. Mr. Da Silva está aqui em Montreal desde 1996, ou seja, 13 anos encarando o inverno onde as temperaturas costumam chegar até -40ºC, sem contar a merda branca que tem que limpar todo santo dia da frente da sua casa.

Mas apesar de tudo isto, ele e sua família já estão habituados. Hoje seus filhos já estão criados, adultos, mas quando chegaram aqui a sua filha ainda era uma garota com 12 anos de idade. E foi ai que ele lembrou deste episódio que vou contar aqui...

Diz a lenda que, como forma de se entrosar com a comunidade local na época, já que não haviam tantos brasileiros aqui em 1996, a sua esposa resolveu preparar uma festa de criança típica daquelas que temos no Brasil.

Compraram os ingredientes e fizeram: coxinha, empadinha, pastelão... brigadeiro, beijinho, olho de sogra... compraram refrigerantes dos mais diversos tipos e cores. Horas e horas de trabalho preparando aqueles pratos e doces que que fariam a molecada no Brasil ficar louca! Porém quando a festa começa, as crianças estão mais preocupadas em brincar do que comer. Até aí tudo bem, “pode ser que comeram algo em casa e ainda estão sem fome”, eles pensaram.

O problema é que as horas iam passando e a molecada não tocava em nenhum salgadinho e nenhum docinho. Até que uma hora, a esposa do meu amigo Da Silva, pergunta para uma de suas amigas Canadenses: “Porque os meninos não estão comendo? Será que não gostaram?”

A resposta foi no mínimo surpreendente. A sua amiga simplesmente respondeu:
“As festas de criança aqui no Canadá são um pouco diferentes. A criançada come brócolis, baby carrot (a cenoura pequena), toma leite e no final... come o bolo!”.
Ele me disse que a decepção da sua esposa foi enorme. Bem, pelo menos percebi que nessa dá pra economizar alguns trocados na organização de festas aqui, sem contar no fato de ser bem mais saudável uma festinha assim. Agora... pras crianças, deve ser terrível!



14 de dezembro de 2009

Allan Sieber Show

Muito bom este blog! O fragmento postado hoje é uma comédia!

http://talktohimselfshow.zip.net/arch2009-12-01_2009-12-31.html

12 de dezembro de 2009

"Silvio Santos vem aí, lá, lá, lá, lá..."

Pois bem, quem tem seus trinta e alguma coisa ou mais, como eu, com certeza lembra do famoso "jingle" criado por Archimedes Messina para Silvio Santos. Era com esta música que Silvio Santos entrava no ar em seus programas transmitidos pela sua emissora, a TVS que hoje se chama SBT.
Hoje, dia 12 de Dezembro de 2009, este famoso ícone da televisão brasileira completa seus 79 anos de idade e com muito dinheiro no bolso. Principalmente para quem começou a vida como Senor Abravanel camelô e teve a sorte de ter vencido em primeiro lugar um concurso de locutores que o projetou para a fama que possui hoje.



Frequentador assíduo do salão do Jassa (seu cabelereiro pessoal), Silvio Santos ainda leva a fama de usar peruca. Tudo por causa de uma montagem feita na decada de 70 com uma foto sua em uma revista onde ele aparecia careca.





Bem quem não se lembra do famoso "Show de Calouros" onde as figuras aí em cima faziam parte do juri: Pedro de Lara, Décio Piccinini, a Sonia Lima, Vagner Montes, Araci de Almeida, entre outros...
Não podemos esquecer também do famoso "jingle" do começo do programa: "Araci de Almeida lá, lá, lá, lá, lá, lá.... Pedro de Lara lá, lá, lá, lá, lá,lá...." hehehe

Isso ai Mr. Santos, ou melhor, Mr. Abravanel... sucesso na vida (acho que já teve né) e muitos anos de vida!!!

11 de dezembro de 2009

Vai falar o que né?

Bem, São Paulino não tem sorte mesmo... os coitados levam a fama de Bambi e nem sabem o porque!
para ajudar meus amigos São Bambinos, quer dizer.... São Paulinos, a entender os motivos, vejam o link aí:

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Sao_Paulo/0,,MUL1411822-9875,00-DE+FERIAS+RICHARLYSON+FAZ+APLIQUE+NO+CABELO+E+ADOTA+LOOK+RONALDINHO+GAUCHO.html

Comentário da mãe do "rapaz":

"A gente só quer ver os filhos felizes. Se ele está bem, eu também fico feliz."

Tá certo. O importante é ser feliz eu concordo! Mas tem que ser assim? rsrs

10 de dezembro de 2009

Puxando o Fumo

Então amigos, depois de um tempo sem escrever histórias das antigas, pois estava com o tempo meio limitado e o ânimo não vinha, resolvi voltar. Não que eu seja um Carlos Drumond de Andrade ou um Luis de Camões, mas para escrever tem que estar motivado. Não diria inspirado, pois afinal de contas, não estou inventando nada aqui. Apenas relatando histórias que vivi e ou presenciei e esta é mais uma daquelas de fazer dar risadas. Obviamente, quem não estava no lado ruim da brincadeira...
Este caso que relato aqui, aconteceu em 1999. Nesta altura do campeonato estava mais preocupado em concluir meus últimos créditos na faculdade do que aplicar trote. Até porque em 1999, muitas coisas já haviam mudado dentro da universidade em si, como certas instruções normativas que vieram da reitoria em São Paulo punindo severamente o trote. Tudo por culpa de uns psicopatas (ou débeis mentais) da USP que mataram um aluno da medicina afogado, durante o trote deles. Como medida preventiva, o governador do estado mandou baixar uma lei que expulsava os alunos que aplicassem trote em todos os campus das universidades estaduais paulista (USP, Unesp e Unicamp).
Puxar o fumo era um trote bem conhecido dos veteranos na minha época. Sempre fizemos ele com a bixarada pra assustar aquelas pobres almas que saiam de casa, da proteção dos pais, para encarar a vida na faculdade. Como disse antes, não estava muito interessado em trote, mas quando vi o circo armado e pensando que seria meu ultimo ano por lá, resolvi abraçar mais esta causa e me apresentei no picadeiro, só para vermos mais um bixo apavorado.
Ficamos sabendo que naquele dia, havia chegado um bixo da lista de espera no alojamento e iria morar na nossa ala. Como ele havia chegado já duas semanas após as aulas começarem, não havia passado pelos trotes que os outros calouros haviam passado, então nada mais justo que mostrar ao menino o que lhe aguardava na faculdade. Estavamos no quarto do nosso amigo PP, jogando um truco e tomando um tereré (mate com água gelada, típico do Mato Grosso do Sul) quando chegou o Cateto trazendo o bixo com ele. O bixão como esperado, estava com a musculatura totalmente travada. O medo saia pelos poros da pele junto com seu suor, mas tentamos deixar o bixo relaxado, convidando pra tomar um tereré e jogar truco conosco.
O bom e velho rock’n roll estava tocando no quarto, o truco rolando e o bixo começou a entrar no clima. Tomava o mate junto com a gente, jogava um truco... em fração de instantes o pânico inicial dele sumiu e ele se sentiu como se estivesse em casa no meio da sua família. Era a hora da brincadeira começar...
Sem mais demoras lembro que nosso amigo Bola, que estava na mesa jogando truco com a gente, fala para o Cateto:

“Ai Cateto, prepara aquela boa pra gente. Acho que o bixão vai gostar!”
Paramos a partida de truco e liberamos o espaço na mesa. O bixão ficou olhando meio ressabiado, meio que fingindo que não era com ele, quando o cateto vai até o armário que tinha dentro do quarto, pega um pouco de orégano que estava dentro de um pote de manteiga vazio e um guardanapo destes, tipo papel de seda, daqueles que se usam em boteco de quinta categoria e põe todos estes “ingredientes” em cima da mesa. Por um instante achei que os olhos do bixão iriam saltar da orbita, de tão arregalados que estavam. Lembrava o famoso MANTENA, do desenho animado da She-ra.
Enquanto o Cateto enrolava o tal baseado de orégano, o discurso começou: “Bixão, não sei se você sabe, mas aqui na faculdade é tradição os iniciantes darem um tapinha de leve no baseado, só pra quebrar o gelo e se iniciarem no mundo universitário”.
Confesso que mesmo depois de ter participado deste trote dezenas de vezes, tive que me segurar para não dar risadas enquanto olhava para a cara do sujeito. Ele veio com o mesmo discurso, que 99% dos bixos em todos os anos anteriores fizeram, enquanto as lágrimas já quasem escorriam dos seus olhos:

“Pô velho, minha religião não permite!”
Era impressionante! As vezes achava que havia um “manual das desculpas do bixo” que era vendido em alguma livraria, porque TODOS ou pelo menos a grande maioria dos bixos nos anos anteriores quando participavam deste trote, davam a mesma desculpa! O interessante é que se pedissemos para os infelizes rezarem pelo menos um “Pai-nosso”, creio que os mesmos não saberiam nem por onde começar! Lamentável...
Nesta hora, a turma toda olha pro bixão e começa com o discurso: “Pô bixão, deixa de ser careta! Ta na hora de você virar homem”. Nesta hora, o menino já não escondia mais o pânico. Pedia pelo amor de Deus, ajoelhava no chão, implorava misericórdia e quando menos esperava, chegou o Pica-Pau com um cigarro amarrado em um barbante, abriu a porta do quarto, entregou na mão do bixo e gritando com ele disse:

“Vai bixo! Sai correndo e puxa o fumo bixão, vai, vai, vai!!!!”
Me recordo que quando o pessoal abriu a porta do quarto para o bixão sair “puxando o fumo”, haviam uma dezena de outros veteranos fora do quarto esperando a cena. O problema é que o bixo saiu correndo e sumiu do alojamento! Nesta hora, me lembro que eu e os mais velhos ali da turma, sugerimos aos veteranos mais novos que fossem atrás do bixo pra evitar que acontecesse alguma merda. Me recordo que o Pica Pau, o Frozô e o Cateto sairam correndo atrás do bixo e voltaram uma meia hora depois contando a história do que havia acontecido.
Eles nos disseram que o guarda do alojamento havia lhes informado que viu o bixo correndo na direção da rodoviária, que ficava exatamente atrás do alojamento. Eles correram então até a rodoviária e quando chegaram lá, encontraram o cidadão no guiché de uma compania querendo comprar uma passagem de ônibus. Ao encontrarem o bixo, dois deles, se não me engano o Frozô e o Cateto, foram acalmar o rapaz e explicar que aquilo tudo era apenas um trote, enquanto o Pica-pau foi falar com o vendedor de passagens. O rapaz que vendia as passagens disse ao Pica-pau que nunca havia visto alguém tão assustado quanto aquele menino e contou que ele chegou pedindo uma passagem pra não importa qual lugar fosse, desde que fosse no primeiro ônibus que estivesse saindo da cidade!
Ainda bem que conseguimos antever que algo não ia dar certo. Se aquele rapaz, que não me recordo seu apelido, tivesse entrado dentro do ônibus e sumido, cabeças iriam rolar dentro daquela faculdade. Depois do pânico inicial, os caras trouxeram o bixão de volta ao alojamento e continuamos tomando nosso tereré e jogando nosso truco em sua companhia.

9 de dezembro de 2009

Tempestade de Neve

Interessante. Esta foi minha primeira tempestade de neve aqui em Montreal. É curioso ver como a coisa muda do dia pra noite. A primeira noite de neve consecutiva este ano, foi segunda feira desta semana. Caiu apenas um ou dois centímetros, nada demais, apenas para começar a colocar o branco na paisagem. Ai embaixo coloquei umas fotos desta segunda:






Desde a semana passada foi anunciado que hoje, quarta feira, teriamos uma "snow storm" (tempestade de neve). Nunca havia passado por isso, mas foi interessante. Hoje de manhã quando saí para o trabalho, a tempestade estava começando. O volume de neve ainda estava pouco nas calçadas, mas quando fui pegar meu carro na saída do trabalho, vejam só como estava o estacionamento:






Enfim, o colega do carro branco se não tiver uma pá dentro do carro, provavelmente não irá voltar pra casa hoje, porque será difícil tirar a viatura dali!

Ao chegar em casa, vi muita gente com as maquinas de moer gelo e pás removendo a neve da frente das casas e das garagens. Dêem só uma olhadinha como estava minha garagem quando cheguei no final da tarde:


8 de dezembro de 2009

White Shit (Merda Branca)

Este texto não é meu, admito. Mas é muito engraçado e se mudar o nome do lugar de Pensilvânia (que fica geograficamente abaixo daqui) para Montrel, é exatamente o que estamos vivendo agora, depois que a neve começou a cair!

Pennsylvania - Isto é que é vida

Agosto 12

Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pennsylvania. Que paz! Tudo aqui é tão bonito. As montanhas são tão majestosas. Quase que não posso esperar para vê-las cobertas de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, as enchentes, a poluição e aqueles brasileiros mal-educados de São Paulo. Isto sim que é vida!

Outubro 14

Pennsylvania é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o laranja. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e pela primeira vez vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Isto deve ser o paraíso. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!

Novembro 11

Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Já chegou o inverno. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!

Dezembro 2

Ontem à noite nevou. Despertei e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... uma foto. Saí a tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada. Rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei) e quando a niveladora de neve passou, tive que voltar a passar a pá. Que bonita a neve. Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar tão bonito! Pennsylvania sim é que é vida!

Dezembro 12

Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto. A niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer, de todas maneiras. Isto sim é que é vida!

Dezembro 19

Ontem à noite nevou outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque antes que acabasse, já havia passado a niveladora, assim hoje não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora! Mas, que vida!

Dezembro 22

Ontem à noite voltou a cair neve... Tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia desde a esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá para passar. Vá pra puta que pariu!

Dezembro 25

Feliz Natal branco, mas branco de verdade, porque está cheio de merda branca. Viado! Se pego o filho da puta que dirige esta niveladora, te juro que o mato. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas para que se derreta mais rápido este gelo de merda.

Dezembro 27

Ontem à noite ainda caiu mais dessa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Nada mais faço senão passar a pá na neve depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum. O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. O noticiário disse que esta noite vai cair umas 10 polegadas a mais de neve. Não posso acreditar!

Dezembro 28

O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 10 polegadas de neve... caíram 34 polegadas mais dessa merda! Vai tomar no cu! Seguindo assim, a neve não se derreterá nem no verão. Agora resulta que a niveladora quebrou perto daqui e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá. Que descarado ! Disse-lhe que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Assim, quebrei a pá na cabeça daquele imbecil. Que bosta. Que saco, Que caralho!

Janeiro 4

Ao fim hoje pude sair de casa. Fui buscar comida e um cervo de merda se meteu diante do carro e o atropelei. Caralho! O conserto do carro vai me sair uns três mil dólares. Estes animais de merda deviam ser envenenados. Oxalá os caçadores tivessem acabado com eles o ano passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro.

Março 15

Escorreguei no gelo que ainda há nesta puta cidade e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar sob uma palmeira.

Maio 3

Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o assoalho estava todo enferrujado por baixo por culpa do sal de merda que jogaram na ruas. Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?

Maio 10

Mudei-me outra vez para São Paulo. Isto sim que é vida! Que delicia! Calor, umidade, tráfego, violência, enchente, poluição e falta de educação. A verdade é que qualquer um que imagine morar nessa Pennsylvania de merda tão solitária e fria é um retardado... ou viado, ou deve estar louco! Isto sim é que é vida!!!

5 de dezembro de 2009

UNIBAMBY - O Estudante da Uniban

Esse link eu recebi do meu amigo Marcelo Bocão. Muito bom!!!! hehehe

http://www.youtube.com/watch?v=ZBhdqmd_tH0&feature=player_embedded#

Copa do Mundo 2010

Bem, não sei se foi a chave dos sonhos, mas temos que admitir que difícil não está. Coréia do Norte, Portugal e Costa do Marfim, não são lá os "top teams" do mundo do futebol.

Se quiserem dar uma olhada melhor em cada time, seguem uns links interessantes:

Coréia do Norte: http://copadomundo.uol.com.br/2010/selecoes/coreia-do-norte/

Costa do Marfim: http://copadomundo.uol.com.br/2010/selecoes/costa-do-marfim/

Portugal (ora pois!): http://copadomundo.uol.com.br/2010/selecoes/portugal/

A Coreia do Norte vai ser o primeiro "desafio" do Brasil. Honestamente... um time como o Brasil que se classificou em primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas, creio que nem o mais otimista dos norte coreanos deve achar que seu time vai oferecer alguma resistência para a seleção canarinho!

Costa do Marfim. Bem, sempre fico apavorado em jogar contra esses caras que fazem "cooper" correndo de leões na África. Didier Drogba é sem nenhuma dúvida um dos centro-avantes mais perigosos do futebol mundial, mas honestamente confesso também que não conheço ninguém mais da equipe africana.

Portugal, em falta de talentos nacionais (pelo visto) conta com três brasileiros naturalizados: Pépe, Deco e Liedson (ex-fiel Corinthiano). Fora estes ai, que fazem o caldo do time Português ser mais consistente, temos o eterno bailarino Cristiano Ronaldo. Confesso que tento entender quais são os critérios da FIFA para escolherem o melhor jogador do mundo. Messi (apesar de ser argentino) e Kaka, dão baile na criança. É fato, o cara joga bem, mas aí até ser o melhor do mundo... na minha modesta opinião, ainda falta um "arroz com feijão".

Em suma amigos, se o Brasil não entrar pra jogar com salto agulha, creio que o primeiro lugar na chave G deve ser do Brasil. Confirmando este fato, iremos jogar contra Espanha ou Chile (mais provável) nas oitavas, já que dificilmente na chave destes times, Suiça e Honduras irão se classificar.

Quem quiser mais alguma referência de sites que comentaram a respeito do assunto, aí vai um Brasileiro e outro Português:

http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2009/12/04/imprensa-internacional-ve-brasil-em-grupo-da-morte-na-copa-2010.jhtm

http://desporto.sapo.pt/futebol/seleccao/artigo/2009/12/04/_n_o_custa_reconhecer_o_favoriti.html

Discussão de Gaúchos...

Essa realmente é muito boa!!! Amanhã reservem todos lugar na agenda para assistirem o jogo treino do Flamengo...


3 de dezembro de 2009

Mulher no Volante...

Bem amigos, pelo jeito a Volkswagen já sabia das coisas desde a década de 60! =)


Dentadura Voadora

Tem uma engraçada também, mas esta não aconteceu na época da faculdade. Já tinha alguns anos como profissional nas costas, quando na minha antiga empresa, fui participar de uma campanha de testes e validação de procedimentos com algumas aeronaves no interior de São Paulo, mas precisamente no município de Gavião Peixoto, próximo a Araraquara cerca de 30 km. O ano era 2004.
Bem, para quem não conhece como é desenvolvido um avião, fora as inúmeras horas de projeto, vários testes tem que ser feitos e comprovados de acordo com normas e padrões internacionais que assegurem a segurança da aeronave, antes da mesma poder voar pelas companias aéreas mundo afora. Fora os testes feitos com a própria aeronave, os procedimentos de manutenção que serão executados no avião, garantindo a sua aeronavegabilidade continuada (nome complicado não? Mas quer dizer apenas a capacidade da aeronave continuar voando), também devem ser testados para garantir que nada seja feito de maneira incorreta durante a manutenção.
Eu estava lá na época para justamente validar os procedimentos de manutenção da aeronave. Aguardávamos os aviões voarem, fazendo os testes em vôo e quando pousavam, iamos lá junto com alguns mecânicos acompanhar os problemas técnicos que foram reportados durante o vôo e fazer as manutenções de rotina, desenvolvendo os procedimentos na sua forma final. O time era eu, o Heraldo e mais uma meia dúzia de mecânicos de aeronaves. Caras bastante experiêntes.
O nosso trabalho se desenrolava no fim da tarde até o começo da madrugada. Chegavamos no hangar por volta das 15 horas, hora que maioria dos aviões haviam chegado dos ensaios em vôo e saíamos de lá por volta da 1 ou 2 da manhã. Ficamos nessa batida a semana inteira, e como iriamos embora no sábado a tarde, resolvemos, eu e o Heraldo, chegar mais cedo na sexta feira para obviamente sair mais cedo e pegar uma baladinha no Café Cancun de Araraquara.
O Café Cancun era a melhor casa noturna de Araraquara na época e para melhorar, ficava em frente ao hotel que estavamos hospedados. Facil não? Era só chegar no hotel, tomar um banho e atravessar a rua para chegarmos ao local onde a noite se desenrolaria. Me lembro que saimos do hangar aquela noite por volta da meia noite e quando foi uma da manhã, já estavamos no Café Cancun. Tenho que admitir que, como já havia ido lá outras vezes, aquela noite não estava tão interessante. Sem contar o cansaço que estávamos devido a semana inteira trabalhando em um horário que o nosso organismo não estava habituado. Mas, como já estavamos alí, não iriamos embora sem pelo menos tomar uma cervejinha e observar o ambiente, que volta e meia escondia alguém interessante.
Chegamos ao balcão do bar, onde eu e meu amigo pedimos duas cervejas bem geladas. Araraquara, para quem não conhece é um lugar bem quente e aquela era uma noite típica de calor na cidade, o que fazia a cervejinha descer redonda. Observamos que a nossa frente, estavam dois casais no mínimo, atípicos. Dois “tiozões” já na casa dos seus 60 anos, com duas mocinhas que não deviam ter nem 25 cada uma delas. Sem contar que os trajes que as mocinhas estavam usando, deixava claro que estavam lá com os “tiozões” tentando ganhar o trocadinho do aluguél. O mais engraçado era ver a música eletrônica rolando e os senhores distintos tentando dançar, mesmo com o reumatismo atacando as juntas.
Olhei para o meu amigo Heraldo e disse: “É camarada, pode até ser que aqui não vingue nada, mas pelo menos creio que iremos dar boas risadas!”. Dito e feito. Passado alguns instantes, o DJ troca a música e coloca uma salsa cubana, daquelas bem frenéticas mesmo! Coisa que um sujeito no ápice da forma física ia chegar em casa com dores no corpo após dançar aquilo... imagine os “tiozões” com o seu reumatismo?
Me recordo que as “mocinhas” estavam já sem graça de ver o bafão que os senhores estavam dando tentando dançar. Na hora da salsa, um deles se escora em uma cadeira e começa a remexer o esqueleto. O que aconteceu a seguir foi hilário: A cadeira lentamente começa a escorregar e o tiozão a cada instante ficava mais perto do chão. De repente a cadeira escorrega de uma vez e o senhor se arrebenta no piso fazendo a sua dentadura voar pelo menos uns dois metros a sua frente. Se existisse recorde olímpico pra arremesso de dentatura, garanto que meu colega ali tinha saído da balada com a medalha de ouro!
Nesta hora, quem estava no raio de alguns metros e presenciou a cena, tentava não se urinar de tanto rir. Me recordo que alguns intantes antes da cena acontecer, havia pedido a moça do bar uma outra cerveja e ela retornou com a loirinha, exatamente na hora do ocorrido. Só me lembro dela deixar a cerveja em cima do balcão e sair correndo para dentro da cozinha para dar risadas!
O mais cômico, foi ver uma das “mocinhas” que estava com eles, se abaixar pegar a “perereca” do tiozão, limpar ela na roupa e mais que prontamente enfiar na boca do coitado. Nesta hora olhei para o lado e pensei que teria que chamar uma ambulância, pois meu amigo Heraldo estava sentado no chão tendo espasmos convulsivos de tanto rir!
Olhem amigos, já passei por muita coisa nessa vida, mas tenho que confessar que estas está entre as “top 10” das mais hilárias que já presenciei...


30 de novembro de 2009

Flamengo, Campeão Brasileiro 2009

Boa noite amigos! Desculpem a falta de assuntos novos no blog, mas estou na França resolvendo uns problemas particulares aqui em Paris. Nada demais, só vim fechar minha conta no banco e buscar o resto das coisas que deixei aqui na casa de amigos, quando me mudei para Montreal.
Vamos ao assunto que é o título desse post: Flamengo campeão Brasileiro. Infelizmente é verdade. Algúem pode perguntar se sou vidente, mas não! Sei que o futebol é uma caixinha de surpresas, mas infelizmente não vai ter salvação. Sou Vascaíno e isso pra mim é terrível, mas vamos aos fatos:
  1. O próximo jogo do Flamengo, na última rodada do campeonato, será no Maracanã;
  2. Para o azar dos que não gostam do Flamengo (como eu), o próximo jogo é contra o Grêmio de Porto Alegre. E dai, alguns se perguntam?
  3. Se vocês olharam bem a tabela, o segundo colocado não é ninguém menos que o arqui rival do Grêmio, o Internacional;
  4. O Grêmio, se ganhar ou perder este jogo, não altera em nada o resultado final do campeonato para ele. Já está classificado para a copa sul-americana;
Baseado nos fatos acima, porque o Grêmio iria ganhar do Flamengo (ou pelo menos tentar)? Para dar o título ao Internacional, o arqui rival? Bem, não precisa ser muito inteligente pra saber que isso... nem em sonho!
Lamento aos São Paulinos, Palmeirenses e Colorados... mas infelizmente, para a minha tristeza e de mais muita gente.... o Flamengo será o campeão do nacional deste ano de 2009.
Abraço a todos e... como se diz em francês: "Je suis VRAIMENT desolé..."


25 de novembro de 2009

O Rodízio de Pizza

Essa é mais uma no mínimo, curiosa. Creio eu que o ano era 1998 e em Ilha Solteira ainda não havia uma pizzaria, das poucas que existiam na cidade, que ofereciam o tão conhecido pelo Brasil a fora, RODIZIO DE PIZZA! Não amigos... não escrevi 1898, escrevi sim 1998, ou seja: Há 11 anos atrás foi que o rodízio de pizza chegou em Ilha Solteira, acreditem se quiser. O “papa” dos empreendimentos que teve esta brilhante idéia, foi o proprietário da famosa pizzaria Biruta.
Me recordo que o rodizio começaria a ser servido em um sábado. Vários cartazes foram espalhados pela cidade, pois agora, o filão do “business” de Ilha Solteira seria o rodizio de pizza. O problema é que para a infelicidade do nosso homem de negócios, os primeiros clientes não foram nem de perto o que ele esperava, de acordo com seus cálculos de consumo médio de pizza por pessoa. Eu explico o porque...
Sábado era o tradicional dia do rachão da turma do basquete. No nosso curso de engenharia mecânica, tinhamos uma turma boa de bola. Aquele dia, o rachão começou por volta das duas da tarde e se estendeu quase até às seis. Terminado o jogo, me recordo que sentamos na quadra para conversar um pouco, quando o nosso amigo Frei faz o seguinte comentário:
“Ouvi falar que hoje vai inaugurar o rodízio de pizza do Biruta. Vamos nessa galera?”
De bate pronto, todos os que estavam ali no local toparam a idéia. Só iriamos para nossas casas, no meu caso o alojamento, tomar um banho e trocar de roupas. O Frei se habilitou a ir pegar todos para irmos no carro dele até a pizzaria, já que ele era um dos poucos da turma que havia carro naquela época, um golzinho bola.
Chegada a hora combinada, o Frei passou no alojamento e recolheu a galera. O ponto de encontro marcado era na frente do alojamento. Me lembro que quando o guarda que fazia a segurança do alojamento, viu aquela meia duzia de marmanjos entrando no golzinho, o cara até ficou assustado e percebeu que não só o fusca que era como coração de mãe. O golzinho também rendeu e seis homens estavam se espremeram lá dentro.
Vocês devem pensar: “Bem, seis pessoas dentro de um carro, não é nada demais?”. Concordo. O problema, é que dos seis elementos que estavam entrando naquele carro, eu era o menor de todos, tanto em altura quanto em largura. Só para vocês terem uma idéia, eu na época tinha a mesma altura 1,81m e pesava uns 85 kg mais ou menos. Os outros, vejam só a escalação: Frei (o dono do carro, 1,90m e uns 100kg), Rincon (vulgo “senhor negão”, 1,92m e na época uns 95 kg), Hipopó (1,80m e uns 100kg), Simonetti (1,93m e 95kg) e pra fechar a contenta o Cramunhão (1,92m e uns 95kg). Quem conhece os caras que listei, deve estar dando risada só de imaginar seis mamutes dentro de um gol bola.
O pior vem a seguir. O golzinho foi rebaixado, se arrastando no chão, do alojamento da faculdade até a pizzaria Biruta. Recordo que enquanto o Frei manobrava o carro no estacionamento, o dono do estabelecimento ainda estava com um sorriso no rosto, esperando alegre e contente a clientela que daria um “boost” no seu empreendimento. Afinal de contas, o cidadão acreditava que teve a sacada mais brilhante que alguém já teve na cidade, desde que algum outro brilhante da CESP (Compania Energética do Estado de São Paulo) resolveu construir uma usina hidrelétrica as margens do Rio Paraná e fundar a cidade.
Quando ele nos viu descendo de dentro do carro, seu rosto se modificou. Aquele sorriso de quem havia acabado de ganhar na mega-sena, se transformou em um olhar de preocupação e de certa forma desespero. Algo que depois foi confirmado na hora que a trupe começou as atividades.
Dava gosto de ver a rapazeada comendo. Seis “pequenos” esfomeados, após 4 horas de basquete. Creio que vocês conseguem imaginar o tamanho do estrago que seria feito no local. Passa a primeira forma de pizza, com 8 fatias, não sobra mais nenhuma para a mesa seguinte. Passa a segunda forma, a terceira e a cena se repete. Nesta hora vejo o proprietário do estabelecimento com a sua somadeira na mão, tentando fazer um rápído cálculo para descobrir algo que já estava implicito desde o começo: ele iria levar prejuizo com aqueles seis elementos lá no restaurante. O “break-even” da quantidade pizzas por cabeça versus lucro, já havia passado seu ponto ótimo na terceira rodada de pizza!
O proprietário do lugar estava suando mais que o Simonetti. A diferença era que, enquanto o proprietário estava suando pensando no dinheiro que iria perder, o Simonetti estava suando de tanto comer. Parecia uma máquina niveladora, que depois que começa só para quando termina a empreitada.
O Rincon lembrava um daqueles pobres coitados que vemos nas fotos da Etiópia. Não porque ele era negro, não isso, mas porque parecia que o menino não via comida há semanas! Realmente era uma atração a parte observar o pessoal devorando as fatias de pizza como se fossem canapés de festinha de bacana.
Após acabarmos com o estoque de farinha de trigo e ingredientes da pizzaria, ainda vem o Hipopó e pede um calzone só pra “rebater”. Nessa hora o nosso homem de negócios já não tinha mais nenhum fio de cabelo na sua cabeça. Já havia arrancado todos!
Liquidamos a fatura, pedimos a conta e o garçom chega com a conta, individuais é claro que, somando o que haviamos bebido, não daria mais que 15 reais por cabeça. Diga-se de passagem, só o rodizio seria algo em torno de 8 reais per capita.
Com lágrimas nos olhos, o proprietário vem perguntar se gostamos do rodízio, e sem demora, nosso amigo Simonetti solta:
“Olhe cara, só achei que demorou demais o intervalo entre uma pizza e outra! No resto estava bom.”
Não sei se ria ou se chorava pra me solidarizar com o proprietário. Honestamente não sei o porque, mas no dia seguinte o preço do rodizio de pizza havia praticamente dobrado. Alguém consegue imaginar o motivo?

DICIONÁRIO FEMININO x DICIONÁRIO MASCULINO

DICIONÁRIO FEMININO

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FRASE
TRADUÇÃO

Sim
Não.


Não
Sim.


Não sei
sim


Talvez
Não.


Sinto muito
Vai ser como eu quero..


Nós queremos
EU quero.


Faça como quiser
Você vai pagar muito caro por isso.


Precisamos conversar
Quero me queixar de você.


Vá em frente
Não quero que você vá.


Não estou chateada
Lógico que eu estou chateada.



Seja romântico, apague as luzes
Estou me sentindo gorda.


Esta cozinha é meio desajeitada
Quero uma casa nova.


Quanto que você me ama?
Eu fiz algo de que você não vai gostar de saber.


Estarei pronta em um minuto
Tire os sapatos, escolha um canal de TV e relaxe..


Estou gorda?
Diga que eu estou bonita


Você precisa aprender a se comunicar
Concorde sempre comigo.


Não estou gritando!
Estou berrando!



DICIONÁRIO MASCULINO

________________________________

FRASE
TRADUÇÃO


Estou com fome
Estou com fome.

Estou com sono
Estou com sono.

Estou cansado
Estou cansado.


Quer ir ao cinema?
Gostaria de transar?

Posso te levar para jantar?
Gostaria de transar?

Posso te ligar?
Gostaria de transar?


Quer dançar comigo?
Gostaria de transar?


Bonito vestido!
Que decote! Gostaria de transar?


Você parece tensa, deixe-me fazer uma massagem
Gostaria de transar?


Estou chateado
Quer transar?


Eu te amo
Quero transar agora.


Vamos conversar
Estou querendo mostrar como sou uma pessoa sensível e,por isso, talvez você queira transar comigo.


Quer casar comigo?
Não quero que você transe com outros.


Gostei mais desse
Pegue qualquer vestido e vamos transar logo.

24 de novembro de 2009

Meu sonho é sair em todos os Hot Dogs (?)

Puts... essa eu admito que copiei do blog do meu amigo Nabo. É simplesmente sensacional!!! hahahaha

http://www.youtube.com/watch?v=AWS9htVxMso&feature=player_embedded

Esse é o Brasil...

(Origem da matéria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u656664.shtml)

E tem gente que acha que o Brasil tem salvação. Doce ilusão... Assim como alguns acham que a copa e as olimpíadas eram o que faltava para "impulsionar" o Brasil rumo ao primeiro mundo. Desculpa a franqueza, mas a minha opinião a respeito do assunto é clara: Quem acredita nisso, ou tem um retardo mental ou acredita em Papai Noel.
Tenham um bom dia...




Performance média do Brasileiro

Um estudo realizado pelo departamento de medicina da USP, constatou que o brasileiro anda em média 1500Km por ano.

Em outro estudo, desenvolvido pelo ministério da saúde, foi constatado que o brasileiro bebe em média 86 litros de cerveja por ano.

Conclusão = O brasileiro tem "performance" de 17,44Km/litro

PS: Isso porque meu amigo Mandela era total-flex. Além da cerveja, bebia gasolina...

23 de novembro de 2009

Vida de Engenheiro

Três amigos se encontram, durante um almoço...


- O que você está fazendo na vida, João (ex-executivo da Pirelli)?

- Bem.... eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela

estrutura e organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli

mas vai indo muito bem...

- E você, José (ex-gerente de vendas da Shell)?

- Eu montei um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho

a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell,

mas estou progredindo. ..

- E você Orlando (ex-Gerente Executivo de uma empresa de

engenharia)?

- Eu montei um puteiro.

- Um puteiro ???

- É, um puteiro! É claro que não é aquela zona toda da

Engenharia, mas já tá dando algum lucro...

Segue o motivo.

O que é trabalhar com Engenharia:

1 - Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas).

2 - Te pagam para fazer o cliente feliz (que nem as putas).

3 - Seu trabalho vai sempre além do expediente (que nem as putas).

4 - Você é mais produtivo à noite (que nem as putas).

5 - Você é recompensado por realizar as idéias mais absurdas do cliente (que nem as putas).

6 - Seus amigos se distanciam de você e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas).

7 - Quando você vai ao encontro do cliente você precisa estar apresentável (que nem as putas),

mas quando você volta parece que saiu do inferno (que nem as putas).

8 - O cliente sempre quer pagar menos e quer que você faça maravilhas (que nem as putas)..

9 - Quando te perguntam em que você trabalha você tem dificuldade para explicar (que nem as putas ).

10 - Se as coisas dão errado é sempre culpa sua (que nem as putas).

11 - Todo dia você acorda e diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS FAZENDO ISSO (que nem as putas).

Quem mexeu no meu Queijo?

Bem, este trote não era muito comum mas mesmo assim, todos os anos sempre pegava um bixo desavisado. Em 1994 o desavisado fui eu...
Como as aulas haviam começado em março daquele ano, o primeiro feriado seria a páscoa, em abril. Hora da bixarada voltar pra casa, comer a comidinha da mamãe e trazer mais algumas guloseimas para compensar aquelas que foram “confiscadas” durante a Inspeção anti-drogas do alojamento.
Eu, como de praxe, não viajaria naquele feriado. Para falar bem a verdade, aquele seria meu primeiro feriado depois que entrei na faculdade e de cara, não voltaria para casa.
Sem nenhum amigo na cidade, tive que me juntar as poucas cabeças que ficariam lá durante o feriado. Para a minha felicidade, 99% dessas poucas cabeças eram veteranos, entre eles o ET que me apadrinhou nos primeiros meses lá.
Ilha Solteira nem de perto era um paraíso do entretenimento. Não haviam boates, o que hoje em dia se chamam “Clubs” – diga-se de passagem uma amiga minha me chamou de velho, quando falei para ela boate – nem haviam barzinhos legais, com gente legal, e outras coisas que fariam aqueles adolescentes no início da fase adulta se divertirem como em outras cidades de médio e grande porte ao redor do Brasil. A única salvação seria o Bar do D.A (já mencionado aqui nos posts anteriores) mas este ficaria fechado no feriado, já que não haveria estudantes suficientes para justificar a sua abertura. O que mais então poderia salvar o nosso final de semana prolongado do feriado? Apenas a famosa pizzaria Biruta salvaria a pátria daqueles estudantes universitários.
Em 1994, a pizzaria Biruta era um dos “points” (de dois points) daquela cidade. Não, a pizza nem de perto se compara com as pizzas de qualquer cantina da cidade de São Paulo, mas não sei o porque, o fato é que se aglomerava uma muvuca imensa na frente daquele lugar, transformando ele em um dos points (de dois points) da cidade. E naquele final de semana do feriado, este seria o destino de todos nós, estudantes ou não, para termos algum momento de “lazer”.
Me lembro que no sabado, o ET me convidou para um esquenta na república dele, antes de partirmos para o local acima descrito. Ao chegar na república do meu camarada, estavam o Omar, o Cozido e mais duas menininhas da cidade que não me recordo o nome. Tenho que confessar que como maioria das mocinhas daquela cidade, não abririam o olhos de ninguém, mas enfim... eu também ainda estava me situando no ambiente e não conhecia a regra do jogo (como fazer o “approach” nas mulheres locais). Depois de algumas caipirinhas e alguma conversa, partimos todos para o “point” disponível da cidade naquele feriado.
Antes de continuar, creio que alguns de vocês devem estar se perguntando: “O que leva alguém então a ir estudar em um lugar destes? Sem lazer, sem opções de trabalho, etc?”. Digo que também não sei, mas sei que já passou e dei muitas risadas naquele lugar.
Enfim, voltando ao assunto, chegamos em frente a pizzaria Biruta. Como diriam os surfistas: “o lugar estava crowdeado”. Gente que não cabia mais. Creio que da cidade inteira, quem não viajou naquele feriado estava lá na frente da pizzaria. Neste momento, fizemos a nossa roda e ficamos de papo observando o movimento no local. Como saco vazio não para em pé, e no nosso caso na época de estudante o que sustentava era a cerveja Schincariol, o ET se ofereceu para pagar a primeira rodada de cerveja. Ele sai da roda e o Omar e o Cozido o seguem para ajudar trazer a loira gelada. Antes de sair, ele me chama no canto e solta os seguinte comentário:
“Meu velho, aproveita que a mulherada da cidade adora um cara de cabeça raspada. Bixo aqui faz sucesso!”
Neste instante, ficamos só eu e as mocinhas amigas deles, sendo que logo em seguida uma das moças some e ficamos só eu e a outra pobre alma guardando o nosso espaço no meio da muvuca.
Sem mais demoras, a moça começa a puxar um papinho mais, digamos, interessante. Queria saber o que eu gostava de fazer, se tinha namorada na minha cidade, se já tinha conhecido muita gente por lá, etc, etc, etc... Como malandro é o pato, eu mais uma vez só tentei ser esperto e lembrando das recomendações do meu amigo ET, tentei usar um pouco das minhas habilidades de “Zé Mayer”, que naquela época era apenas um pequeno gafanhoto. Eu ainda tinha muito a aprender...
Conversa vai, Conversa vem, a mocinha começa a pegar na minha mão. Eu naquela inocência, típico de bixo que acha que está mandando bem, deixo ela lá agarrando a minha mão e continuamos com aquele papinho mole. Nem havia percebido que já fazia quase meia hora que o ET e os outros tinham saído pra buscar a cerveja e com certeza eles não tinham ido em Itu buscar a bendita Schincariol.
Alegria de pobre dura pouco, como já diria meu pai. Sem mais nem menos, sinto alguém tocar no meu ombro, e quando me viro para ver quem era, só escuto aos berros:

“O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, SEGURANDO A MÃO DA MINHA NAMORADA?”
Pausa. Em situações normais, com pessoas normais, já ficaria assustado. O problema é que o cara que tinha profanado as palavras acima aos berros, não era ninguém mais, ninguém menos que.... o Jamanta!
O Jamanta era meu veterano na Engenharia Mecânica. Creio que não preciso descrever o rapaz, já que seu apelido diz exatamente o porte físico da criança, mas para aqueles que gostam de detalhes, o Jamanta deveria ter mais de 1,90m de altura e uns 2 ou 3 de largura só de músculos. Em suma... o rapazinho era grande.
Quem me conhece hoje em dia, sabe que tenho alguma carne em cima dos esqueletos, principalmente na região abdominal depois de anos de cerveja. Não que eu seja um Schwarzeneger da vida, mas perto do que eu era na época, com 17 anos, tenho que confessar que a alcunha de “chassi de grilo” me caia bem.
Quando ele “sussurou” aquelas palavras, perguntando o que eu estava fazendo segurando a mão da namorada dele, mais que depressa tentei soltar a mão da menina. Não, não consegui soltar. A lazarenta ficou segurando minha mão como se eu fosse salvar ela de despencar de cima de um prédio. Nesse momento, toda a muvuca no local estava olhando a cena e alguns outros veteranos tentavam segurar o Jamanta. Entre eles o Pé Inchado e o Barrão, que também era tão grandes quanto o Jamanta.
Sem mais demora, o Barrão falou: “Bixo, corre! Tá dificil de segurar o homem! Corre!”. Nesse instante o ET vendo a cena grita: “Vai lá pra república, depois conversamos”. Caros amigos, creio que naquele momento, perdi a oportunidade de ter feito a vida como corredor de velocidade. Meu amigo Usain Bolt novamente ficaria com vergonha, mas se tivesse alguém cronometrando, eu lhes garanto que bati o recorde dos 100m na casa do 8 segundos e alguma coisa. Disparei e fui parar apenas na república do ET.
Chegando lá, fui direto para a cozinha tomar água, recompor meu estado e dei uma olhadinha rápida no espelho. Estava branco igual folha de papel. Pensam que a brincadeira parou aí? Não... dez minutos após, escuto baterem na porta e quando abro, quem está na minha frente? O Jamanta. O próprio.
O Jamanta já chega anunciando que iria me matar. Pensei em todos os momentos tristes e alegres da minha vida e olhe que só tinha 17 anos naquela época. Quando achei que ia apanhar igual cachorro sem dono, ele dá um tapa nas minhas costas e sorrindo, fala: “Relaxa bixão, é só mais um trote!”. Naquela hora, fiquei mole igual gelatina. Antes, todos os músculos que eu tinha no corpo estavam tão contraídos esperando o pior, que tive caimbras até onde não imaginei que o ser humano poderia ter.
Logo após o Jamanta anunciar que era trote, entram todos na casa: As duas mocinhas (inclusive a lazarenta que fez parte do trote), o Cozido, Omar, Barrão, o Pé Inchado e o ET. A noite acabou com um dos tradicionais churrascos regados a Schincariol e carne de terceira, enquanto a turma dava risada da minha cara e eu tentava me recuperar das caimbras pelo corpo...

O professor do "cara"

Que conste nos anais (sem trocadilhos, por favor) deste blog:

"Zé Mayer aprendeu todas as suas habilidades nos anos que cursou engenharia em Ilha Solteira. O problema é que ele, quando ia a cidade grande, ficava deslumbrado com seu aprendizado e a sua performance na arte da sedução, que logo, logo desistiu da faculdade."

Vejam tudo isso e mais algumas aqui:

http://www.zemayerfacts.com.br/josemayer/facts

21 de novembro de 2009

Falta de combustivel



"Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível: Infração - média;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.” (Art. 180 do CTB).

20 de novembro de 2009

Teste para Homem

Este aqui era um dos testes que aplicávamos nos calouros pra tentar detectar se o cara seria bem sucedido ou não naquela escola...




1 - ESPORTES

a.. Futebol, automobilismo, esportes radicais = MACHO
b.. Boliche, voleibol = TENDÊNCIAS GAYS
c.. Aeróbica, spinning = GAY
d.. Patinação no Gelo, Ginástica Olímpica = BICHONA
e.. Os mesmos anteriores, usando short de lycra = BICHONA LOUCA

2 - COMIDAS

a.. Capivara, javali, comida muito apimentada = CONAN
b.. Churrasco, Massas, Frituras = MACHO
c.. Peixe e salada = FRESCO
d.. Sanduíches integrais = GAY
e.. Aves acompanhadas de vegetais cozidos no vapor = BICHA ASSUMIDA

3 - BEBIDAS

a.. Cachaça, cerveja, whisky = MACHO
b.. Vinho, vodka = HOMEM
c.. Caipifruta = GAY
d.. Suco de frutas normais e licores doces = MUITO GAY
e.. Suco de açaí, carambola, cupuaçu, com adoçante = PERDIDAMENTE GAY

4 - HIGIENE

a.. Toma banho rápido, usa sabão em barra = LEGIONÁRIO
b.. Toma banho rápido, usa xampu e esquece das orelhas ou do pescoço = MACHO
c.. Toma banho sem pressa e curte a água = HOMEM
d.. Demora mais de meia hora e usa sabonete líquido = TENDÊNCIAS GAYS PREOCUPANTES
e.. Toma banho com sais e espuma na banheira = VIADAÇO SEM CURA

5 - CERVEJA

a.. Gelada e em grandes quantidades = DESTROÇADOR
b.. Só cervejas extra, premium e importadas = HOMEM FINO DEMAIS
c.. Só uma às vezes para matar a sede = BICHICE SOB CONTROLE
d.. Com limão e guardanapo em volta do copo = BICHA
e.. Sem álcool = GAZELA SALTITANTE

6 - PRESENTES QUE GOSTA DE GANHAR

a.. Ferramentas = OGRO
b.. Garrafa de whisky = MACHO
c.. Eletrônicos, informática, roupas de homem = HOMEM MODERNO
d.. Flores = VIADO
e.. Velas aromáticas, perfumes,doces caramelados, bombons = DONZELA VIRGEM

7 - CREMES

a.. Só creme dental = GORILA
b.. Protetor solar só na praia e piscina = HOMEM MODERNO
c.. Usa cremes no verão = BICHA FRESCA
d.. Usa cremes o ano todo = BICHONA TOTAL
e.. Não vive sem hidratante = CONSTA NA FILA DE ESPERA DA OPERAÇÃO PRA TROCA DE SEXO

8 - ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

a.. Só dinossauros =BRUTO
b.. Tem um vira-lata que come restos da comida = HOMEM
C.. Tem cão de raça que só vive dentro de casa e come ração especial = BICHA
d.. O cão de raça dorme na sua própria cama = BICHONA TOTAL
e.. Prefere gatos = TOTALMENTE PASSIVA

9 - PLANTAS

a.. Nem pra comer = TROGLODITA
b.. Come algumas de vez em quando = RAMBO
c.. Tem umas no quintal, mas nem são regadas = HOMEM
d.. Tem plantinhas na varanda do apartamento = VIADO
e.. Rega, poda e conversa com as flores do jardim = BICHONA PERDIDA

10 - RELAÇÃO COM ESPELHO

a.. Não usa = VIKING
b.. Usa para fazer barba = MACHO
c.. Admira sua pele e observa seus músculos = GAY
d.. Idem c, e ainda analisa a bunda = LOUCA
e.. Admira-se com diferentes camisas e penteados = TRAVECO

11 - PENTEADO
a.. Não se penteia ou rapa tudo = SELVAGEM
b.. Só se penteia pra sair à noite = HOMEM
c.. Penteia-se várias vezes ao dia = FRESCO
d.. Pinta o cabelo = BICHONA TOTAL
e.. Dá conselhos de penteados = BELA ADORMECIDA

19 de novembro de 2009

Lavagem Cerebral

O fato que narro aqui não é engraçado, mas é no mínimo interessante. Se estiverem procurando alguma história para dar risadas, sugiro escolherem alguma outra. Esta aqui é mais um relato curioso do comportamento humano do que uma história que farão vocês rirem.
Uma das coisas que aprendi durante a faculdade é que o poder de persuasão que os veteranos tinham em cima dos bixos era basicamente exercido de forma psicológica. Levou tempo pra entender como o mecanismo funcionava, mas depois que você entende como as coisas acontecem, é interessante ver o psicológico das pessoas frente a algumas situações que viviamos no nosso dia a dia.
Bixo revoltado era o que mais se dava mal. Quanto mais rebelde, mais sofria. Quanto mais low-profile melhor para o próprio indívíduo. Lembro que meu amigo Macumba, foi um dos bixos que menos sofreu no trote. Ele era o bixo que os veteranos chamavam de “pau pra toda obra”. Mal ordenava ele fazer algo, ele já estava fazendo. Bixo assim não sofria! Não tinha graça! O legal era dar trote naqueles que se recusavam a fazer as coisas, que ficavam pensando muito antes de aceitar o trote. Esses ai sim, tinha graça. Calouros como o Macumba, faziam os veteranos perder o interesse cedo e o bixo que percebia isto e aprendia este “truque” rapidamente, passava praticamente ileso pelo período dos trotes.
Um dos trotes que deixavam para aplicar nos bixos do alojamento, já ao final da primeira semana de aula era a famosa “lavagem cerebral”. Esse trote daria um laboratório incrível para estudantes de psicanalise e psicologia. Era realmente algo surpreendente e vou narrar aqui para que vocês possam perceber o que se passa na cabeça do ser humano mediante uma situação adversa.
O trote acontecia no banheiro do alojamento. Imagine um banheiro com estes de shopping, com várias pias, privadas, só que incluindo vários chuveiros também. Cada uma das oito alas do alojamento possuia um banheiro como este. Separavam os bixos em grupos de 10 aproximadamente e sempre deixavam o bixo “especial” sendo o último da fila.
O bixo “especial”, geralmente era o conhecido bixo rebelde. Aquele que se rebelava contra os trotes, que dizia que lutava karate, taekwondo ou qualquer coisa do tipo. Só que esqueceram de dizer a ele, ou o cerébro dele não era tão eficiente ao ponto de perceber, que ele era apenas um enquanto os veteranos eram as dezenas, pra não dizer as centenas.
Havia uma equipe que organizava o trote e executava. Era muito bem bolado, tenho que dizer. Dois veteranos tomando conta da fila, do lado de fora do banheiro e uns três ou quatro dentro do banheiro, com baldes d’água, cornetas, ou o que fosse, para gerar o clima de pânico no ambiente. Quando a fila era formada, entrava o primeiro bixo e os demais ficavam de fora do banheiro sem ver o que acontecia, mas ouviam muito bem o que se passava e esta era a intenção.
Se a fila tivesse dez pessoas como já disse, o “especial” ficava por ultimo e o trote com os nove primeiros acontecia da seguinte forma: O bixo entrava e um veterano falava para ele em voz baixa: “Nós vamos te jogar água, dar descarga na privada e você grita desesperadamente como se estivessemos te matando aqui dentro!”. Dito e feito, os veteranos começavam a gritar falando que iam enfiar a cabeça dele na privada, o bixo também gritava, davam a descarga, um outro veterano jogava um balde d´água no bixo e logo em seguida, tiravam o cidadão sem deixar que ele tivesse contato com os outros que ainda estavam na fila e ouviam toda a gritaria do lado de fora.
O psicológico era tão interessante, que me lembro que depois de 3 ou 4 bixos terem passado por isto, o próximo da fila já entrava praticamente enfiando a sua cabeça dentro da privada sem nenhuma reluta, sem nenhuma palavra. Era como um animal que vai pro abate e sabe que não tem para onde fugir. Nesta hora, seguravam o cidadão e aí explicavam toda a dinâmica do trote pra ele. Afinal de contas, este privilégio, de enfiar a cabeça na privada por conta própria, era apenas para o “especial”.
Quando chegava a vez do especial, me lembro que até os outros bixos eram liberados para ver o fato. Juntavam-se todos em volta da privada, os nove primeiros calouros ficavam mais atrás dos veteranos presenciando o evento e deixavam o bixo rebelde enfiar a cabeça na privada, sem dó nem piedade. Nesta hora geralmente a privada estava “preparada” para receber o cidadão. Creio que não preciso explicar aqui o que significa “preparada”, certo?
A bem verdade é que, após o período do trote, a relação entre veteranos e bixos se tornava amena. No meu caso posso dizer que os mesmos veteranos que me deram trote, me ajudaram muito depois que este período passou. O segredo da coisa como disse, era entender que o trote era parte do ritual da faculdade e se rebelar contra isso, não era coisa muito inteligente de se fazer.

The Official Canadian Temperature Conversion Chart

The Official Canadian Temperature Conversion Chart

50* F (10* C)
Californians shiver uncontrollably.
Texans die of exposure.
Canadians plant gardens.

35* F (1.6* C)
Italian Cars won't start.
Canadians drive with the windows down.

32* F (0* C)
American water freezes.
Canadian water gets thicker.

0* F (-17.9* C)
New York City landlords finally turn on the heat.
Canadians have the last cookout of the season.

-60* F (-51* C)
Mt. St. Helens freezes.
Canadian Girl Guides sell cookies door-to-door.

-100* F (-73* C)
Santa Claus abandons the North Pole.
Canadians pull down their ear flaps.

-173* F (-114* C)
Ethyl alcohol Freezes.
Canadians get frustrated when they can't thaw the keg.

-460* F (-273* C)
Absolute zero; all atomic motion stops.
Canadians start saying "cold, eh?"

-500* F (-295* C)
Hell freezes over.
The Toronto Maple Leafs win the Stanley Cup

18 de novembro de 2009

Estudante Universitário na Loja de Conveniência

Rapaz, quando vi este vídeo por um instante pensei que era eu na época áurea! rsrs
Se não fosse o cabelinho comprido e a barbicha....

http://www.youtube.com/watch?v=ZZZqITKlfdQ

Prazer. Meu nome é "Engenheiro"

As vezes eu gostaria de saber se certas coisas aconteciam em outras escolas e em outros cursos. Ou se realmente os caras que estudaram comigo tinham um parafuso a menos...

Me lembro que naquele ano de 1999 em Ilha Solteira, as últimas notas sairam por volta do dia 9/10 de dezembro e a colação de grau e o baile estavam marcados para dia 18 e 19 do mesmo mês. Não era o costume. Geralmente as formaturas da nossa faculdade aconteciam em janeiro, com tempo do pessoal curtir as famílias no Natal e ano novo, antes de pegar o canudo e sair pro mercado de trabalho. Muitos da nossa turma, pra não dizer todos, já estavam com destino certo na indústria ou em outras universidades para cursar o mestrado.

O curso de engenharia mecânica naquele tempo era privilegiado. Tinha um centro computacional privativo para os alunos do curso e era monitorado por algum aluno que era bolsista. Esse centro computacional se chamava NAC-CEM.

Na época, MSN, Orkut, isso não existia. O que muitas vezes fazia a alegria da moçada era o chat provido pelo UOL, famoso até hoje. A moçada passava horas ocupando os computadores tentando conhecer menininhas via net nas suas cidades de origem para combinar os eventos nos feriados e férias. Lamentável, não?

No último dia de aula, para não ser diferente, todos os formandos após pegarem as notas e saberem que iriam se formar, foram felizes e contentes para o NAC-CEM paquerar as menininhas pela net. Só que agora sem usar aqueles “nicks” (apelidos) chinfrim como: “bonitão”, “gato”, “moreno selvagem”, ou coisas do tipo. A onda agora éra: “ENGENHEIRO bonitão”, “ENGENHEIRO gato” ou “ENGENHEIRO moreno selvagem”. A referência a ENGENHEIRO tinha que aparecer! Afinal de contas, mesmo sem o canudo na mão, já eram engenheiros! Os anos de sofrimento tinham chegado ao fim. Agora era a hora da fama e do estrelato!

Entre os presentes no centro computacional aquele dia, estava meu grande amigo PG. O PG era um carinha sui generis. Playboy, sempre bem vestido, uma exceção ao “dress-code” da faculdade. Enquanto todos andavam de chinelão, bermuda e camisa regata, o PG estava de calça jeans, sapatinho “Samelo docksides” e camisetinha da Lacoste (aquela com jacarézinho no peito). O nosso amigo Jason chamava-o de Doug Funny, o do desenho animado, devido a sua semelhança física.





Por muito tempo a galera pensou que ele era mais um daqueles homosexuais enrustidos, o que hoje em dia se chama de “metrosexual”. Mas depois, o rapaz provou o seu valor de ser mais um dos heróicos estudantes daquela escola.

O PG iria fazer entrevista em Manaus, se não me engano na Honda, e como bom estudante daquela escola, não perdia tempo. Não era como os caras da UNIBAN que se assustam com mulher. A galera da minha escola sempre honrou as origens! Faca na caveira! O PG não era diferente. Entrou em uma sala de chat de Manaus e começou a prospectar o ambiente com aquele famoso nick: ENGENHEIRO. O problema é que para o azar dele, eu monitorei o nick que ele estava usando e a sala exata de bate-papo que ele se encontrava. Chamei dois outros amigos no canto, o Pauta e o Motorista, e bolamos o plano maquiavélico que irei contar agora...

Pegamos eu e o Motorista um computador, enquanto o Pauta sentou-se na frente de outro micro. Me recordo que todos nós procuramos a sala de chat que o PG se encontrava e entramos com os seguintes apelidos: “Morena Procura” (eu e o Motorista) e “Loira Gaúcha em Manaus” (o Pauta). Meus amigos, foi mais fácil que tirar doce de criança....

Assim que entramos, ouvimos o PG falando lá do outro lado da sala: “Ai rapazeada (com aquele sotaque paranaense do interior que ele tinha), tou aqui no chat e acabou de entrar duas mulheres. Uma tal de “morena procura” e parece que a outra é “gaúcha” e tá lá em Manaus perdida.” Amigos, nós três tivemos que esconder a cabeça embaixo das mesas pra dar risada. Não podiamos levantar a suspeita com o nosso amigo.

Sem mais demoras, o PG começa a puxar papo com a Morena e com a Gaúcha, se apresentando como engenheiro, que fazia e acontecia, que iria morar em Manaus e queria fazer "amizades" com o povo local. Sem mais demoras começamos a dar corda e era só questão de tempo pra criança se enforcar. Me lembro que na sala do centro computacional, existiam uns 20 computadores, todos ocupados e em fração de minutos, todos na sala sabiam o que estava se passando, menos óbvio, o PG.

O papo foi rolando quente, demos realmente corda pro rapaz. Me lembro de ter ouvido ele: "Aê rapaziada (com o sotaque paranaense) tou me dando bem, a mulherada em Manaus é pra "frentex" total". Incentivamos o rapaz, dizendo que era isso aí. Já que ia morar em Manaus, tinha que ir esquematizado conhendo as mocinhas locais, coisa e tal. Me lembro que quanto mais bola dávamos para ele, mais ele sorria. O sorriso dele estampado no rosto, era como o de uma criança de três anos que tinha acabado de ganhar um carrinho de brinquedo novo.

O golpe fatal. Após uma meia hora de conversa, e com ele se achando a última bolacha no pacote, demos a última cartada. A "morena procura" manda a seguinte pergunta: "Então, já que você está vindo pra cá, que tal me dar seu telefone celular? Te ligo e aí marcamos alguma coisa!". Meus amigos, o clima no núcleo computacional estava como final de copa do mundo em refeitório de empresa, com apenas uma televisão 14 polegadas disponível. Me recordo que atrás de mim e do Motorista, olhando para a tela do computador, haviam pelo menos umas dez pessoas só esperando o tiro de misericórdia em cima do coitado. Após a pergunta da "Morena procura", meu amigo PG manda pelo chat: "Então... estou sem celular, vou deixar pra comprar um aí. Você não gostaria de me dar o seu celular e aí eu, quando chegar aí, te ligo?".

Era tudo o que a gente queria... Sem mais enrolar, digitamos o seguinte na tela do computador:
" Dá uma olhadinha atrás de você e pega o número de telefone."
Me lembro que o PG levou alguns segundos até cair a ficha dele. Ele não queria olhar, mas nesta hora o Banha, que era o monitor do centro computacional naquele dia e estava a par da ocorrência, chegou nele deu três tapinhas nas costas do rapaz e disse alto, claro e em bom tom para todos ouvirem: "Ai PG, dá uma olhadinha pra trás que a Morena Procura quer te passar o telefone dela em pessoa".

Nesta hora meus olhos já estavam cheio de lágrimas de tanto dar risada. O duro é que todos que estavam lá estavam rolando de rir! Quando ele olhou pra trás, a cara de fezes dele era a melhor. Por um instante pensei que ele ia chorar, mas apenas soltou o seguinte comentário com aquele tom de velório: "Vocês são foda! Não se faz isso com amigo".

Moral da história: Nunca entre em sala de bate-papo na internet para chavecar mocinhas com os amigos do lado.

17 de novembro de 2009

O livro de máquinas hidráulicas

Esta história foi "o clássico" da minha turma. Infelizmente, a vítima desta vez... fui eu mesmo. Como disse, não se ganha todas nessa vida!
Uma das matérias mais complexas que cursei na faculdade, pelo menos na minha opinião, foi máquinas hidráulicas e de fluxo, mais conhecida apenas por "máquinas de fluxo". Basicamente era a parte de projeto e dimensionamento de máquinas hidráulicas e termicas, como bombas, turbinas, etc. Pra melhorar ainda mais a coisa, o professor que nos lecionou essa matéria era o famoso JBA.
O JBA tenho que admitir, foi um dos caras mais inteligentes que conheci na minha vida. O Q.I do cara era impressionante. A capacidade de raciocínio dele era fora da média e quando ele estava com o bolo pronto, 99% da turma ainda estava pondo a farinha na tigela. Porém, como Deus não dá duas qualidades tão excepcionais a mesma pessoa de uma vez só, o sujeito tinha uma capacidade de se relacionar com as pessoas que era lamentável. Quem não conhecesse ele e o currículum académico invejável que ele tinha, pensaria que ele era um peão de fazenda de tão educado que era.
Hoje com dez anos de experiência na indústria e tendo trabalhado em duas grandes multinacionais, vejo que se colocassemos um sujeito deste pra trabalhar em uma empresa deste porte, teriamos que colocá-lo em uma salinha pequena, atrás do computador, isolado do resto do mundo e com o seguinte letreiro na porta:

"Não perturbe, alimente de 4 em 4 horas, deixe a comida na porta, toque a campainha e saia correndo."
Exageros a parte ainda bem que ele se fez como professor universitário. Outro defeito na minha opinião era sua didática, ainda mais com uma matéria "fácil" como aquela. Decepcionante.
Eu tenho que confessar também e quem estudou comigo sabe: Nunca fui um aluno brilhante. Sempre fiquei ali na turma do "5 passa". Copiar matéria definitivamente, não era comigo. Ainda mais quando eu chegava na aula dele e via o sujieto praticamente transcrevendo para a lousa, o conteúdo inteiro de um livro que de tão velho pensei que tinha sido escrito pelo próprio Bernoulli (quem não conhece este cidadão, procure no Google: "equação de Bernoulli).
Como malandro é o pato, eu só tentei ser esperto. Um belo dia, cansado de ver ele copiando o livro na lousa, esperei ele encerrar a aula, me aproximei dele e pedi: "Professor, olhei na Biblioteca e infelizmente no nosso acervo, não temos este livro. Como vejo que ele é o livro texto que o senhor adota, gostaria de pedir emprestado para fazer uma cópia. Faço isto hoje e entrego para o senhor amanhã".
Apesar dos seus resmungos, ele emprestou o livro e fez apenas uma ressalva: "Tudo bem, mas cuidado com este livro pois a ultima edição dele foi publicada em 1979!".
Bem, até aí tranquilo. Sai da aula, fui direto na copiadora que tinha na cidade, ao lado do campus da faculdade e deixei o material para ser feito a cópia. Minhas instruções para a funcionária da loja de cópias, foram claras como água cristalina: "Por favor, gostaria que vocês fizessem uma cópia deste livro e encadernassem". A mocinha fez o orçamento, me passou o preço e disse que poderia voltar no dia seguinte para pegar o material. O detalhe, é que no dia seguinte seria a sexta-feira, primeiro dia de Festival InterUnesp de MPB. Bem, quem já leu meus posts anteriores, sabe então que na sexta do festival, a faculdade praticamente parava. Os churrascos em repúblicas e as festas da galera da faculdade, faziam com que praticamente os professores não dessem aula. Afinal de contas, neste dia o indice de ausência nas classes de todos os cursos batia recordes! Como a próxima aula do JBA seria terça-feira a tarde, depois que a ressaca já teria passado, resolvi deixar para pegar o material na segunda-feira antes de ir para a aula da tarde.
Segunda-feira. Depois de vários engovs para curar a ressaca de Schincariol e Pitu do final de semana, acordei as 10 horas da manhã em ponto. Teoricamente a esta hora deveria estar na faculdade tendo aula, porém minha cabeça parecia que tinha concreto dentro e meu estômago estava pior que "saco de gato". Em suma, estava em uma situação deplorável como ser humano. Sai da cama, fui até o banheiro, tomei aquele banho de uma hora, tentando lembrar pelo menos de 10% das cagadas que eu havia feito no final de semana. Feito o check de consciência e nada muito grave tendo aparecido, sai do banho e esperei dar a hora do bandejão abrir, para comer aquele grude que serviam, antes de ir pra aula de Mecânica dos Solidos às duas da tarde.
Chegou a hora de ir pra aula e os poucos neurônios que restavam trabalhando no meu cérebro, me lembraram que eu tinha que ir até a copiadora buscar o material que tinha deixado na quinta-feira passada para copiar. Já estava em cima da hora. Teria que ser rápido para não chegar tarde na aula de Mec Sólidos. Cheguei na copiadora faltando dez minutos para a aula começar e pedi para a moça que havia me atendido na sexta: "Olá boa tarde. Não sei se você se recorda de mim, mas deixei um livro aqui na qunta passada para copiar e encadernar. Vim buscá-los". A mocinha se recordou de mim e pediu para que eu aguardasse um minuto que ela iria buscar a ecomenda. Após alguns instantes ela retorna com a cópia do livro encadernada, exatamente como eu havia pedido. Porém ela havia se esquecido de me trazer o livro original, o do professor. Mais uma vez ela pediu um instante, e quando retornou, tive a impressão que meus dias na face da terra tinham chegado ao fim...
A visão que eu tive foi algo indescritivel. O meu pior pesadelo se tornou realidade. Ela retornou com um livro de aproximadamente 300 páginas que originalmente era encadernado em brochura, encadernado em espiral. Meus caros, meu coração deve ter passado para algo em torno de 1000 batimentos por minuto e minhas pernas tremiam tanto, que tive que me escorar no balcão para não cair no chão. Fiquei mais branco que folha de papel e minha voz por um instante sumiu.
Quem me conhece sabe que não sou de forma alguma um pessoa rude e sem educação. Mas confesso que na hora que recuperei as forças e o equilíbrio nas pernas, xinguei a mocinha de todos os nomes que me vieram na cabeça, exceto "bonita". Dei um esculacho digno de marido machão que pega a mulher no pulo. Se ela fosse homem, acho que teria feito besteira. Ela coitada, tentando se defender solta o seguinte comentário: "Mas moço, as páginas do original estavam se soltando, pensei que estaria fazendo um favor encadernando o livro!".
Sem meias palavras, soltei o verbo de uma maneira que hoje em dia, me arrependo as vezes:
"Minha senhora, quem disse que você está aqui para pensar! Você esta aqui para executar! Se tivesse capacidade de pensar não estaria trabalhando em uma XEROX!". Confesso, fui muito rude mesmo, mas quem conhecia o professor, sabia que eu estava literalmente fu....
O dono do estabelecimento vendo o barraco e tentado amenizar a situação, disse que eu poderia ficar tranquilo, que eu não pagaria pelo serviço e se em ultimo caso eu precisasse pagar o livro, os custos seriam por conta dele.
A iniciativa foi boa confesso, mas o problema é que o livro já não era publicado, havia na época, quase vinte anos! Se eu soubesse que aquele maldito livro existia em algum lugar do planeta, eu mesmo teria ido comprar para entregar um outro novo ao professor.
Tentei recuperar as forças e segui para a aula de Mec Solidos. Cheguei uns 15 minutos atrasados e todos os locais na frente da sala já estavam ocupados. Não restando outra opção, me dirigi ao fundo da sala e me sentei. Ao meu lado esquerdo estava meu amigo Aloprado e do meu lado direito meu amigo Beiçudinho. Ambos cunhados, diga-se de passagem.
Quando sentei, o Aloprado olhou pra mim e comentou: "Cara, você está branco, palido! Aconteceu alguma coisa?". O Beiçudinho ouviu o comentário e também me olhou para saber se estava tudo bem. Eu confesso que não tinha nem palavras para responder. Só balancei  a cabeça indicando que não e ambos perguntaram com aquela sincronia: "O que aconteceu?". Não respondi nada, só coloquei o livro encadernando em espiral em cima da mesa.
Lembro que o Aloprado soltou o seguinte comentário (com essas palavras): "Cara, só não me diz que esse é o livro do JBA!?". Ainda continuava atônito e não respondi uma palavra. Novamente balancei a cabeça, só que agora indicando um sim. Instantanêamente o Aloprado começou a rir e o Beiçudinho manda aquela: "Puta que pariu, tá fudido!". O riso escancarado dos dois por um instante me fizeram quase chorar. Me lembro que na fileira de carteiras a frente o primeiro a seguir era o Simon. Discreto como ele sempre foi, já virou pra trás com as gargalhadas dos caras e perguntou o que tinha acontecido. O Beiçudinho, com lágrimas nos olhos respondeu: "O cara encadernou o livro do JBA em espiral!".
O que aconteceu a seguir transformou meus medos em pânico total. As gargalhadas se propagaram pela sala em efeito dominó, fila após fila, até que chegou lá na frente e incomodaram o professor que estava dando aula. Com um tom autoritário ele interrompeu a aula, virou pra trás e perguntou: "Alguém poderia me explicar o motivo das gargalhadas?".
Não me lembro qual dos CDFs da minha turma foi, mas lembro que foi algum deles que comunicou a notícia do ocorrido ao professor. Como a faculdade era pequena e todo mundo conhecia todo mundo, os professores também, esses conheciam os alunos quase como filhos, ele simplesmete parou a aula, olhou pra mim no fundo da sala e soltou: "Velho, pelo amor de Deus, diz que é brincadeira isso?".
Bem, se antes dos comentários do professor eu já estava em pânico, imaginem agora após toda essa situação. Eu simplesmente estava mais perdido que "filho de puta em dia dos pais". Não sabia o que fazer! Sem nenhuma capacidade de tentar arquitetar um plano bem elaborado pra entregar o livro, me levantei, aproveitei a oportunidade que a aula ainda estava na metade e sai para entregar o livro ao JBA no departamento de engenharia mecânica. Inacreditavelmente, todos, mas TODOS inclusive o professor, sairam da sala e me seguiram até o departamento.
Quando cheguei lá, adivinhem vocês quem foi a primeira pessoa que cruzei? Ele mesmo... o dono do livro. A multidão que vinha atrás de mim fez ele achar que eu era algum lider revolucionário conduzindo o bando pra alguma manifestação de vandalismo. Sem mais demorar, querendo me livrar logo desta dor de cabeça, falei: "Professor, aconteceu algo terrível!". Ele me olhou fixo nos olhos e disse já totalmente transtornado: "Não vem me dizer que você perdeu meu livro!?". As gargalhadas começaram de novo, mas tentei me concentrar e soltei: "Não professor, algo pior...". "O que pode ser pior que perder o meu livro?" ele perguntou.
Expliquei pra ele todo o ocorrido e entreguei o livro de volta para ele, encadernando na maldita espiral. Ele olhou o livro, abriu, folheou pagina por página e soltou: "É... até que ficou bom". Nesta hora, até o outro professor que nos acompanhou para presenciar a cena, já estava chorando de dar risada.
Bem ou mal, o pesadelo tinha acabado. No dia seguinte as oito da manhã teriamos aula com ele. Me recordo que cheguei uns quinze minutos antes da aula, sentei no meu lugar e junto com os colegas ficamos conversando esperando o cidadão chegar para ministrar a aula. Quando ele chega com o livro embaixo do braço com aquelas espirais a amostra... o que posso dizer é que as gargalhadas começaram novamente e por fim, não tivemos aula... ou melhor, ficamos lá apenas de corpo presente.